terça-feira, 20 de julho de 2010

Física e Teatro

A Física é um campo do saber muito relevante para a humanidade. É a ciência da curiosidade a respeito de fenômenos naturais e tecnologias que nos cercam. Seus princípios proporcionam a base de outros campos científicos, como a geologia, a química e as engenharias. Atualmente tem se observado que as sociedades que mais investem na valorização de seus conceitos têm sido bastante beneficiadas com avanços tecnológicos.
Entretanto se tratando do ensino no Brasil, a Física é, muitas vezes, vista por estudantes como uma disciplina enfadonha e desnecessária, pois trabalha os fenômenos da natureza de forma muito abstrata, que não condiz claramente com a realidade.
Dada essa dificuldade, propomos uma maneira interativa de se trabalhar com temas ligados à Física, visando despertar o interesse das pessoas por essa ciência. Através da interpretação teatral, podemos mostrar, de uma maneira muito divertida, que a física está presente no nosso dia-a-a-dia, onde podemos observar, por exemplo, aplicações da mecânica, óptica e termodinâmica.
Veja, a seguir, o monólogo que foi apresentado na pracinha da UEFS-BA:



Referências

- Vídeo: Espalhamento da Luz. Por que o Céu é a Azul? 2009.
http://cienciatube.blogspot.com/2009/01/espalhamento-da-luz-por-que-o-cu-azul.html

- Origens e Evolução das idéias da Física, Rocha, J. F. , Ponczek, R. I. L. , Pinho, S T. R. , Andrade, R. F. S., Júnior, O. F. e Filho, A. R., EDUFBA, Salvador, 2002.

- Palma, C.: Arte e ciência no palco. Entrevista concedida a Massarani, L. e Almeida, C.,História, Ciências, Saúde, v. 13, outubro, 2006.

Agradecimentos

À Tamila Marques, que foi na minha casa no dia certo, super inspirada para escrever a primeira peça apresentada nesse blog.
Aos meus colegas de classe Fábio Rodrigo (que também é um grande amigo), Marckelson, Bruna, Gilsoney.
Ao professor Roberto Ponczek, da disciplina Ensino de Física em Espaços Não Formais. O incentivador da construção desse blog.
Ao meu irmão, Wagner.
À minha amiga, Joice.

Leis de Newton

Você sabe quem foi Newton? Ou melhor Sir Isaac Newton.

Sir Isaac Newton foi um cientista inglês que viveu em meados do século XVII. Teve uma idéia audaciosa de formular as leis que regem o movimento no universo. Mas essa idéia não surgiu do nada não! Sir Isaac Newton se apoiou em "ombros de gigantes". Diga-se de passagem, que Sir Isaac Newton nasceu no mesmo ano de morte de 'Galileo' (Escrevi com o, porque Galileo era italiano!).
Sir Isaac Newton estudou com afinco as obras de Galileo, Kepler, Descartes, entre outros, durante muitos anos. E formulou as famosas três Leis de Newton.

Quer sentir o efeito das três Leis de Newton? Veja aí:

1ª Lei: Se um corpo está em repouso, tende a continuar em repouso, a menos que sobre ele atue uma força externa. Se um está em movimento, tende a continuar em movimento com velocidade constante, a menos que sobre ele atue uma força externa.

Que tal você pegar um ônibus cheio agora?! Que programa legal! Veja como é interessante observar os passageiros, incluindo você, é claro, tenderem a continuar no mesmo movimento do ônibus. Se estivermos sentado, no mesmo sentido do motorista, quando o ônibus acelera, é provável que o nosso corpo vá para trás. E quando o ônibus pára... Ei, além de você ficar pensando na 1ª lei, é melhor você se segurar.

2ª Lei: Quando uma força atua sobre um corpo, o corpo tende a acelerar. Para uma mesma força, quando maior a massa do corpo, menor a aceleração produzida.

Pararará, pararará! Segure um carrinho de mão minha gente! Quanto mais massa, pomos no carrinho de mão, vai ser necessário uma força maior para poder acelerá-lo!

3ª Lei: As forças atuam aos pares de forças iguais e de sentido oposto. Uma força é chamada de ação e a outra força é chamada de reação.

Já sentiu sua mão doer, quando bateu o seu braço. Ao sua mão ao bater no seu braço, aplicou sobre o braço uma força ação e o seu braço reagiu com uma força da mesma intensidade sobre sua mão chamada de reação. Se foi para matar um mosquito, provavelmente ele também sentiu a força de reação! Ah, seu braço doeu mais! Então comprove a 3ª lei de Newton de um modo mais eficiente, batento em uma parede... Espera aí, isso só foi uma brincadeira!

Calor X Temperatura

"Ai que calor ôôh ôôh!
Mas que calor ôôh ôôh!"

Ei! Você sente calor? O quê?

Isso é uma... mentira! Você não sente calor. Você sente uma temperatura elevada!

O conceito de calor foi motivo de discussão durante muito tempo devido a analogia com a água escoando de um nível mais alto para um nível mais baixo e com um fluído imaginário que se transferisse de uma corpo para outro que estivessem respectivamente a temperatura mais alta e mais baixa.

Hoje, sabe-se que na Física, ao contrário do conceito popularizado, o calor não é uma sensação térmica, mas é a energia transferida de um corpo para outro quando existe uma diferença de temperatura entre os corpos. Por isso, antes de você pensar em dizer, ai que calor, reflita se não é melhor dizer: Ai, que temperatura elevada!

Por que o céu é azul?

"Olha pro céu meu amor! Veja como ele está lindo!"

Por que o céu é azul?

Alguma vez você já parou para se fazer essa pergunta? Talvez alguém tivesse te respondido, porque Papai do céu é homem. Se Ele fosse mulher, o céu seria cor de rosa...

Mas, de uma mameira simples, podemos ter uma noção de como essa resposta pode ser dada, de uma forma mais coerente.

A luz solar é policromática, ou seja, é constituída de diversas cores. E cada uma das cores tem um comprimento de onda diferente. E a luz azul tem um comprimento de onda menor.

A luz interage com as moléculas de gases que existem na atmosfera. Ocorrendo, assim, o fenômeno de espalhamento dos raios solares. Além do espalhamento, ocorre também o fenômeno de polarização dos raios solares. Ou seja, as moléculas espalham a luz do sol e, ao mesmo tempo, funcionam como filtro que bloqueia os raios solares, polarizando-o. A luz azul, por ter um comprimento de onda menor, interage com as moléculas, sendo espalhada em todas as direções e menos polarizada. Dessa forma prevalece o tom azulado no céu!

sábado, 17 de julho de 2010

CONTEXTO DO TEATRO CIENTÍFICO

Os primeiros relatos de manifestações teatrais deram-se na Grécia Antiga nas procissões em homenagem ao deus do vinho, Dionísio. Nessas procissões, os participantes se embriagavam, cantavam, dançavam e apresentavam diversas cenas das aventuras de Dionísio.
O teatro foi se desenvolvendo através do aprimoramento de suas técnicas e extensão de temas abordados. Hoje, através dos conhecimentos de técnicas teatrais é possível entreter o público através da relação de envolvimentos sentimentais com quaisquer assuntos que se deseja abordar.
Em geral os assuntos abordados levam a reflexões sobre a cultura do público alvo, uma vez que atrai mais a atenção deste, já que se identifica com os espetáculos. Como a ciência faz parte da cultura humana, seja através das tecnologias que compramos e usufruímos ou de teorias que explicam fenômenos naturais que costumamos ver todos os dias, a ciência é um assunto que não poderia deixar de ser abordado nos palcos.
Dentro deste tipo de abordagem algumas peças tornaram-se celebres como o clássico Copenhagen, do inglês Michael Frayn, Perdida, uma comédia quântica, do espanhol José Sanchis Sinisterra, Quebrando Códigos, do inglês Hugh Whitemore, E agora Sr. Feynman? , do norte-americano Peter Parnell.
No Brasil, um grupo de teatro tornou-se famoso através da produção de peças, como a Dança do Universo, de Oswaldo, como também de reprodução de peças que fazem sucesso no exterior, como as que foram citadas acima.
É mais comum, grupos de teatro trabalharem em cima de fatos históricos, uma vez que, trabalhar com ficção exige mais criatividade. De modo geral, ocorre a seguinte sequencia: Quando um cientista faz alguma invenção importante, muitas pessoas querem conhecer a vida desse estudioso. A curiosidade das questões humanas envolvidas nos cientistas históricos é ponto de partida para muitos autores escreverem peças. O público alvo, ao assistirem as apresentações, se divertir e se emocionar com a história dos personagens passa a se interessar pelo tema abordado, sentindo-se convidado pesquisar sobre este.
Neste aspecto, motivar o público a questionar e estudar os conceitos de ciência tratados nas peças tem sido o interesse do teatro científico.